Wednesday, February 20, 2008

Não me levem tão a sério

Este post motivou esta resposta do Tiago Costa, no Claquete. Assim, vou tentar responder, de forma sucinta, a alguns pontos para que isto não se torne uma polémica.

Mas que polémica, digo eu a mim próprio, se eu nem estava a discutir o que quer que fosse. Aquele post evidenciava isso? Não era minha intenção. Não gosto de Ridley Scott, mas para fundamentar isso de forma mais justa, teria que rever filmes e, eventualmente, ver mais alguns que não vi. Daí que, mesmo saudando o teu post, acho bem que se defenda os realizadores de que se gosta, não posso discuti-lo.

O que acho estranho, Tiago, é que tenhas levado o meu texto tão a sério. Fico a pensar que percepção tem a comunidade leitora do Phantom Limb sobre o Daniel Pereira para levar a sério a minha depreciação de um filme que ainda não existe. Se fiz isso foi para impor uma posição acerca do facto de um realizador de que não gosto ir fazer um filme adaptado de um romance do escritor de que eu mais gosto. Lá fui brindado com "preconceituoso". Quanto a isto não há volta a dar: a blogosfera não tem sentido de humor e prima pelo bom comportamento. Diria mesmo que a blogosfera vai votar Sócrates. Nem o facto de eu ter feito a ressalva de não ter visto "Alien" (facto que coloca dúvidas ao outro comentador quanto ao eu gostar ou não de cinema...) e precisar de rever o "Blade Runner" me safou. Foi uma provocação e espero provocar mais vezes.

Quanto ao Ridley Scott, e àquilo que posso minimamente discutir, tenho a dizer que não gosto dessa sequência do "Gladiator", em que na sua maioria só existem os efeitos sonoros da movimentação e embate de duas espadas, quando algo acontece não há problema em usar o ralentí (e o seu uso é feio) e facilmente se coloca a musquinha da ordem. É isto que eu vejo e o que eu vejo não é violento, seco ou crú. Quanto às adaptações, poderia até aproximar-me àquilo que escreveste, afinal, como diz muito bem o João Mário Grilo, "o cinema não filma livros". Mas regresso à ideia de que o post foi uma provocação vinda de um sentimento pessoal. Não me levem tão a sério.

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