Monday, September 29, 2008

Lav Diaz

Como é que é ver um filme do Lav Diaz? Por um lado, acho que sao coisas destas que se precisam ver; por outro, nao sei se consigo estar meio dia numa sala de cinema. Quem já tiver visto que me diga qualquer coisa. A sério, comentem ou mandem um email.

Paul Newman

O meu Paul Newman é o que está na parede do Monty Brogan - o de "Cool Hand Luke", filme que me parece ser ignorado estupidamente, nao sei se por ser um filme comercial americano da década de 60 (que blasfémia), ou por o Stuart Rosenberg nao constar da HISTÓRIA DO CINEMA. "Small town, not much to do in the evening" para explicar porque andava a rebentar com os parquímetros, aquele concurso dos ovos contra si mesmo, "What we've got here is failure to communicate", pois claro está. E ele era lindo.

Wednesday, September 24, 2008

Malady

Nao sei se a sala de cinema também é um nao-lugar. Também nao sei por certos acentos neste teclado. Mas a verdade é que a sala de cinema é tao universal, tao sem importancia, tendo em conta que a única coisa que interessa sao as imagens, que ontem me senti verdadeiramente em casa. Conto os dias desde a última vez que fui ao cinema e nem sao assim tantos: doze. É bastante, sim, mas já houver períodos mais longos. Isto tudo fez-me pensar na doenca que há muito contraí. A palavra inglesa malady - gosto muito dela.

Wednesday, September 17, 2008

Photobucket

Raramente

Por questões económicas, obviamente, esse método foi raramente utilizado na História do Cinema*. Chaplin chega ao local das filmagens sem guião, mas simplesmente com uma ideia para a situação ou o décor, a partir dos quais faz a sequência, fruto de investigações e de repetições obstinadas.

Jérôme Larcher, no livro sobre o Chaplin da colecção do Público.


* Ainda assim, esta primeira frase faz-me alguma comichão. É claro que é o digital que possibilita, hoje, tal método de trabalho. Mas reparem nas últimas três palavrinhas - História do Cinema -, mais uma vez escritas mecanicamente, como se o conhecimento sobre o real, verdadeiro e completo trajecto desta arte desde 1895 até hoje coubesse aí, como se tudo fosse conhecido. Daqui a muito, muito tempo, quando tivermos perdido a guerra, não sem demasiadas mortes do nosso lado, será pior: História do Cinema começada com Lumiére e sem nada de relevante até umas certas massas feitas em 1975. Guilhotina para quem, humoristicamente, chamar a isto elipse.

Thursday, September 11, 2008

Vendo

Caixa Seinfeld, série 4 - 10 euros.

Renault Clio 1.9D, comercial, Fevereiro de 2000, 138.000km - 3000 euros.

Tuesday, September 09, 2008

Fuck 'em

Mucho blinked sympathetically, a little sadly. "I guess it's over. We're on into a new world now, it's Nixon Years, then it'll be Reagan Years - "
"Ol' Raygun? No way he'll ever make president."
"Just please go carefull, Zoyd. 'Cause soon they're gonna be coming after everything, not just drugs, but beer, cigarettes, sugar, salt, fat, you name it, anything that could remotely please any of your senses, because they need to control all that. And they will."
"Fat Police?"
"Perfume Police. Tube Police. Music Police. Good Healthy Shit Police. Best to renounce everything now, get a head start."
"Well I still wish it was back then, when you were the Count. Remember how the acid was? Remember that windowpane, down in Laguna that time? God, I knew then, I knew..."
They had a look. "Uh-huh, me too. That you were never going to die. Ha! No wonder the State panicked. How are they supposed to control a population that knows it'll never die? When that was always their last big chip, when they thought they had the power of life and death. But acid gave us the X-ray vision to see through that one, so of course they had to take it away from us."
"Yeah, but they can't take what happened, what we found out."
"Easy. They just let us forget. Give us to much to process, fill up every minute, keep us distracted, it's what the Tube is for, and though it kills me to say it, it's what rock and roll is becoming - just another way to claim our attention, so that beautiful certainy we had starts to fade, and after a while they have us convinced all over again that we really are going to die. And they've got us again." It was the way people used to talk.
"I'm not gonna forget," Zoyd vowed, "fuck 'em. While we had it, we really had some fun."
"And they never forgave us." Mucho went to the stereo and put on The Best of Sam Cooke, volumes 1 and 2, and then they sat together and listened, both of them this time, to the sermon, one they knew and felt their hearts comforted by, though outside spread the lampless wastes, the unseen paybacks, the heartless power of the scabland garrison state the green free America of their childhoods even then was turning into."

in Vineland, Thomas Pynchon, Random House

A partir daqui, faltam 70 páginas, mas o livro já terminou. Não tem que ver com drogas, tem que ver com liberdade. Que ganhe o Obama, há coisas perigosa e demasiadamente instaladas que impedem uma "mudança". E depois de uns anos de Obama a coisa muda outra vez, está claro. Não é só lá claro, há sítios piores: ainda tendo em conta a actualidade, por exemplo, Angola. Não tão mal, mas rapidamente a caminho, está Portugal, dizendo o seu primeiro-ministro estar "profundamente satisfeito" com as eleições em Angola. Carjacking? Assaltos a bancos? A criminalidade mais grave é outra. Em Angola não há cinema, em Portugal a falta que nos faz João César Monteiro, nos Estados Unidos a dificuldade de John Carpenter ou John Milius filmarem.

Friday, September 05, 2008

Das Verhängnis der Liebe (Manoel de Oliveira, 1979)

Dia 29 de Setembro, 19h00, Kino Arsenal.

Dia 18 de Setembro, este blogo vai ganhar a vida.