Wednesday, October 22, 2008

Vou dormir um pouco com a Wasted Blues

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Tuesday, October 14, 2008

Curtas

i) Gosto mais de "Burn After Reading" do que de "No Country For Old Men".

ii) O final de "O Sabor do Chá Verde com Arroz" de Ozu e o final de "Através das Oliveiras" de Kiarostami.

Repeticao

Estou eu a levar com o sol, a ver alemas que metem a Diana Chaves no bolso, um canal com patos e gansos, quando o mp3 me mete o "Mr. November" e volto a sentir a violência que está na repeticao de I won't fuck us over. Tenho uma pequena teoria de que a repeticao de algo numa música ou num filme pode dar àquilo que é repetido uma enorme violência. Trabalho de casa: ouvir "Mr. November", o álbum "Micah P. Hinson and The Gospell of Progress"; ver as panorâmicas de "Europa 2005 - 27 Octobre" (Straub-Huillet, 2005).

Death of an heir of sorrows - II

Robert Mitchum em "The Lusty Man", outro palhaco. Ou aquela última entrada na arena é o quê? Se a palavra surdina existe é para a aplicar a "The Lusty Man" - desde aquele primeiro encontro entre Mitchum e Hayward que nao se desenrola outra coisa que um acasalamento. Obviamente, Nick Ray, mas por quem o tomam?, dá o seu cunho da impossibilidade ao romance (um dia ainda vou escrever alguma coisa maiorzinha a fazer a uniao de Ray com Eastwood), concluindo com o suícidio de Mitchum, o vadio que nunca se casou. Neste dia 14 de Outubro de 2008 tenho a dizer que nao há maior que Ray no cinema americano. Maior que Ford, sim, agora é que a casa vai abaixo.

Wednesday, October 08, 2008

Cenas do caralho

Um gajo emigra e tem a oportunidade de ver o "Amor de Perdicao" entre 15 alemaes "maluquinhos do cinema" como diz um amigo meu. Maior que o Oliveira é o Benfica, que vem jogar ao Hertha dia 23 de Outubro; o mesmo dia em que iria conseguir ver o "Public Housing" (Wiseman, 1997) por apenas 5 euros e fazer de conta que estava naquele festival mete-nojo da Culturgest. Claro que nao há discussao entre o Wiseman e o Benfica. Espero que fique 4-4.

Das Verhängnis der Liebe (Manoel de Oliveira, 1979) - II

Já que tinha falado na ocasiao, posso falar um pouco sobre a experiência - que comecou mal, pois algum alemao brilhante inventou que os bilhetes para filmes com mais de 120 minutos sao mais caros. O Oliveira fica-me pela módica quantia de 8.50 euros. Estao 15 pessoas na sala pequena do Kino Arsenal e descubro que até ali as pessoas estao munidas de cerveja, sumo, palitos com sal, sandes. A cópia nao é grande coisa e a sua projeccao uma bela merda: as passagens sao um suplício (nao é assim tao má a cópia) e com certeza o Oliveira nao é da sua preferência, deixando-se dormir e deixar o filme desfocado. Foi tudo mau? Claro que nao: nao só o filme é dos melhores Oliveiras que vi (talvez o melhor) como 260 minutos depois continuam a estar 15 pessoas na sala. Lembro-me de ver o "Francisca" na Luís de Pina e ouvir a porta vezes de mais.