Relacoes Internacionais #2
#1
Eu: Estou?
Ela: Olá, é a Frieda.
Eu: Olá Frieda, tudo bem?
Ela: Daniel, é preciso eu ir?
Eu: Hoje nao, nao está nada especialmente sujo e os quartos estao preparados.
Ela: Ah! Bom! Entao, adeus.
Eu: Adeus.
#2
Eu: Estou?
Ela: Olá, é a Frieda.
Eu: Olá Frieda, tudo bem?
Ela: Daniel, é preciso eu ir?
Eu: Sim, é melhor. Há muita gente e é preciso que alguns quartos estejam preparados.
Ela: Ok. Mas, Daniel, há muitos check-outs?
Eu: Há alguns. E vao entrar pessoas novas nesses quartos.
Ela: Ok. Mas, Daniel, como estao as casas de banho?
Eu: Estao mais ou menos, mas é melhor que sejam limpas.
Ela: Ok. Entao eu vou. Até logo.
Eu: Até logo.
O melhor momento do meu turno bisemanal de oito horas é o telefonema da empregada de limpeza. Imagino o seu peito a apertar, como aperta o meu na mesma situacao, nos momentos anteriores a saber se é preciso que trabalhe ou nao. A sua voz já nao traz esperanca na primeira pergunta, mas rapidamente se transforma em alegria se a resposta é negativa. Poderá ficar a ver televisao, enquanto come algum bolo que aprendeu a fazer ainda nova numa qualquer aldeia a 70km de Moscovo. Imagino-me na sua situacao a comer torradas e a ver um Lang. Se a resposta é positiva, ela luta contra a mesma, sabendo de antemao que nao terá hipótese. Mas luta ainda assim; como se tivesse que lutar para ter a consciência tranquila de que fez tudo o que estava ao seu alcance para nao trabalhar. Esta luta, bem como a tristeza que invade a sua voz, resignada, comove-me. Apetece-me dizer-lhe "querida, vamos ficar bem", mas nao digo. No rádio toca "Girls, I Just Wanna Have Fun" da grande Cindy Lauper.
Eu: Estou?
Ela: Olá, é a Frieda.
Eu: Olá Frieda, tudo bem?
Ela: Daniel, é preciso eu ir?
Eu: Hoje nao, nao está nada especialmente sujo e os quartos estao preparados.
Ela: Ah! Bom! Entao, adeus.
Eu: Adeus.
#2
Eu: Estou?
Ela: Olá, é a Frieda.
Eu: Olá Frieda, tudo bem?
Ela: Daniel, é preciso eu ir?
Eu: Sim, é melhor. Há muita gente e é preciso que alguns quartos estejam preparados.
Ela: Ok. Mas, Daniel, há muitos check-outs?
Eu: Há alguns. E vao entrar pessoas novas nesses quartos.
Ela: Ok. Mas, Daniel, como estao as casas de banho?
Eu: Estao mais ou menos, mas é melhor que sejam limpas.
Ela: Ok. Entao eu vou. Até logo.
Eu: Até logo.
O melhor momento do meu turno bisemanal de oito horas é o telefonema da empregada de limpeza. Imagino o seu peito a apertar, como aperta o meu na mesma situacao, nos momentos anteriores a saber se é preciso que trabalhe ou nao. A sua voz já nao traz esperanca na primeira pergunta, mas rapidamente se transforma em alegria se a resposta é negativa. Poderá ficar a ver televisao, enquanto come algum bolo que aprendeu a fazer ainda nova numa qualquer aldeia a 70km de Moscovo. Imagino-me na sua situacao a comer torradas e a ver um Lang. Se a resposta é positiva, ela luta contra a mesma, sabendo de antemao que nao terá hipótese. Mas luta ainda assim; como se tivesse que lutar para ter a consciência tranquila de que fez tudo o que estava ao seu alcance para nao trabalhar. Esta luta, bem como a tristeza que invade a sua voz, resignada, comove-me. Apetece-me dizer-lhe "querida, vamos ficar bem", mas nao digo. No rádio toca "Girls, I Just Wanna Have Fun" da grande Cindy Lauper.
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