Sunday, December 30, 2007

2007 num plano de cinema

Falou-se muito no plano das mãos em "Luzes no Crepúsculo". Esse plano (sim, magnífico) oferecia o amor e a vida a Koistinen. Mas o mais belo plano que eu vi este ano vem uns minutos antes desse. Um plano que apesar de, lá está, não ser o final, me parece ser ele a abrir a pequena brecha que evita o filme de se encerrar sobre si próprio e sobre um pessimismo mais extremo. E, parece-me, faz com que o plano final seja um reforçar dessa ideia, de uma forma, concedo, cinematograficamente mais virtuosa (sim, virtuosa, apesar da sua curtíssima duração).

O plano a que me refiro, e cujo still infelizmente não consigo encontrar, é o da única vez em que vemos Koistinen rir. Onde? Na prisão. Koistinen junto a outros presos, no pátio, a rir-se. Um plano extremamente simples, mas cujo movimento dentro de todo o filme é fulgurante. Acho que é esse o plano que, definitivamente, salva Koistinen.

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