Festival do Paulo Branco
O Paulo Branco é "mafioso" (diz-se muito), claramente não anda de transportes públicos, tem uma postura dura e arrogante, mas na entrevista dada, hoje, ao Público diz umas quantas verdades.
Passaram 300 filmes. Também isso [32 mil espectadores] dividido por 300 filmes ou sessões não é muita coisa.
Mais do que isso, a utilização da palavra espectadores parece-me falsa. Não são 32 mil espectadores, mas 32 mil entradas. Faz toda a diferença. Eu não sou 16 especatadores; entrei 16 vezes, isso sim. 32 mil espectadores: era bom, era.
É um mérito, mas o que fica para os filmes? Passam e desaparecem. Quantos ficam? Fica o filme do Michael Moore [Sicko], que não precisa do festival para nada...
Quantos filmes do Doc se vão estrear em Portugal? Quantos a RTP vai comprar? Meia dúzia, nem isso.
Até agora, ficou também o "Zidane", mas passe o pequeno exagero, é o que ele diz.
Os festivais nunca formaram. São eventos, em que o público vem como se viesse para uma festa.
Há de formar alguma coisa que seja, não sou tão radical, mas a parte dos eventos está correcta. Os festivais são eventos, grande parte vai-se lá passear, tenho me fartado de dizer.
Acabando com as citações e pegando nestas últimas palavras, este Festival de Cinema Europeu não vai fugir ao estatuto de evento. Casino Estoril e Cascais Villa? Bilhetes a 4 e 6 euros? Os filmes em competição vão ter futuro diferente dos do Doc ou do Indie? O objectivo principal é ter projecção e estimular a reflexão? Não me fodam. O curioso desta entrevista é que tudo o que é negativamente apontado ao Doc, vai poder ser apontado a este, quase de certeza.
Dito isto, falta dizer que na Competição deverão estar umas pérolas que pouca gente vai ver e outros filmes mauzinhos, a mostra fora de competição é interessante e bem que gostaria de pôr coisas em dia, mas o combustível é um roubo, não tenho passe de comboio e mesmo que tivesse demoraria mais de uma hora a lá chegar. Não meto lá os pés.
Passaram 300 filmes. Também isso [32 mil espectadores] dividido por 300 filmes ou sessões não é muita coisa.
Mais do que isso, a utilização da palavra espectadores parece-me falsa. Não são 32 mil espectadores, mas 32 mil entradas. Faz toda a diferença. Eu não sou 16 especatadores; entrei 16 vezes, isso sim. 32 mil espectadores: era bom, era.
É um mérito, mas o que fica para os filmes? Passam e desaparecem. Quantos ficam? Fica o filme do Michael Moore [Sicko], que não precisa do festival para nada...
Quantos filmes do Doc se vão estrear em Portugal? Quantos a RTP vai comprar? Meia dúzia, nem isso.
Até agora, ficou também o "Zidane", mas passe o pequeno exagero, é o que ele diz.
Os festivais nunca formaram. São eventos, em que o público vem como se viesse para uma festa.
Há de formar alguma coisa que seja, não sou tão radical, mas a parte dos eventos está correcta. Os festivais são eventos, grande parte vai-se lá passear, tenho me fartado de dizer.
Acabando com as citações e pegando nestas últimas palavras, este Festival de Cinema Europeu não vai fugir ao estatuto de evento. Casino Estoril e Cascais Villa? Bilhetes a 4 e 6 euros? Os filmes em competição vão ter futuro diferente dos do Doc ou do Indie? O objectivo principal é ter projecção e estimular a reflexão? Não me fodam. O curioso desta entrevista é que tudo o que é negativamente apontado ao Doc, vai poder ser apontado a este, quase de certeza.
Dito isto, falta dizer que na Competição deverão estar umas pérolas que pouca gente vai ver e outros filmes mauzinhos, a mostra fora de competição é interessante e bem que gostaria de pôr coisas em dia, mas o combustível é um roubo, não tenho passe de comboio e mesmo que tivesse demoraria mais de uma hora a lá chegar. Não meto lá os pés.
3 Comments:
Só uma pequena correcção. Pelas minhas contas, lamentavelmente feitas à mão, o DocLisboa 2007 apresentou apenas 146 filmes em somente 171 sessões. É mais ou menos metade do que indica Paulo Branco.
Não confirmei os números, nem acho que essa incorrecção invalide as ideias expostas. Ainda assim, obrigado, André.
Pois, eu só vou conseguir aproveitar uns poucos e, mesmo assim, moro na zona.
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