Controlos
Isto devido à minha experiência do visionamento de "A King in New York" (Charles Chaplin, 1957). Por um lado, passo grande parte do filme incomodado com a necessidade de Chaplin contar a sua história, trabalhando em forma de violenta sátira como se disparasse de olhos fechados para todo o lado. Como se sabe, acerta-se às vezes, outras nem por isso. Como disse, esse factor, o de uma certa falta de controlo, à falta de melhor palavra, emocional, incomodou-me. Mas depois, por outro lado, era levado pela fluidez do filme, naquele registo clássico em que parece que não se falha um timing de corte ou de movimento dentro do plano. Fiquei estupefacto com o controlo de Chaplin. A construção do gag da casa de banho, quando Dawn Addams aparece pela primeira vez, vem directamente do mudo (só ouvimos o som de palavras preoferidas porque o filme é sonoro, pois não servem para nada). Num filme bastante "despido" como é este, diria que o timing é fundamental e Chaplin domina-o por completo.
Fico a pensar, então, no valor da sátira e mesmo no da estória que o filme conta. Será que interessam mesmo para alguma coisa? Será que não são uma espécie de macguffin? Não tenho certezas. A rever.
Fico a pensar, então, no valor da sátira e mesmo no da estória que o filme conta. Será que interessam mesmo para alguma coisa? Será que não são uma espécie de macguffin? Não tenho certezas. A rever.
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