Praia
Uma ida solitária à praia faz-me lembrar o melhor filme de François Ozon e, particularmente, a melhor sequência do seu cinema. Falo do final de "Le Temps Qui Reste" em que Melvil Poupaud se encontra numa zona balnear e se vai despojando dos seus pertences e se vai dirigindo para a praia, onde estende a toalha, sobre a qual se estende também. O scope envolve-o, mas há também planos gerais, onde o vemos, primeiro, fundido com as pessoas e, depois, com o fim de tarde a chegar, cada vez mais sozinho, o sol na linha do horizonte até ao vazio final.
É uma belíssima encenação de morte e não é por acaso que acontece na praia, possuidora de um poder melancólico excepcional para quem não é um habitué, possibilidade de fundição e anonimato, características que não são fáceis de encontrar juntas.
É uma belíssima encenação de morte e não é por acaso que acontece na praia, possuidora de um poder melancólico excepcional para quem não é um habitué, possibilidade de fundição e anonimato, características que não são fáceis de encontrar juntas.
1 Comments:
Que belo momento que me recordaste agora.
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