Como sempre acontece quando fala do velho ‘Cinema Novo’, a prosa de JBC constitui uma visão fantasiosa e mirífica do que foram esses anos e abunda em omissões sobre o papel dos seus protagonistas. Refugiando-se na pele do historiador, JBC escreve, de facto, como crítico, o que, além de constituir uma perversão do seu papel como presidente da CP, corre o risco de transformar em verdade aquilo que é, tão só, a sua abusiva opinião.Perdeu-se, assim, uma oportunidade de interrogar os protagonistas dessa aventura (entre os quais me conto), de confrontar versões contraditórias e de iniciar, 35 anos depois, uma reflexão séria e desapiedada sobre a génese da ruptura entre os filmes e o público.Está por avaliar o papel que JBC tem tido na perpetuação de alguns mitos e na opinião sectária sobre a valia de alguns filmes e cineastas portugueses.(António-Pedro Vasconcelos)
2 Comments:
Não há absolutamente nenhuma polémica nas palavras de APV, há anos que ele odeia JBC, e que adorava poder ocupar o seu lugar, logo tudo serve de pretexto para insulto.
O parágrafo mais interessante no blog de APV é o terceiro em que ele usa uma expressão interessante, "o ecológico" cinema português. Isto sim, dá para discutir, mas não tenho dados suficientes uma vez que não era vivo na altura dessa criação de políticas, nem ouvi conversas suficientes sobre o tema. Mas era interessante filosofar como seria o cinema português se as televisões tivessem um papel mais activo, como APV tanto fantasia. Seria um melhor cinema? Ou seria apenas mais vistoso, e malogradamente tão oco como uma Floribella?
Acho sempre piada à forma agressiva com que se acusam pessoas de querer o lugar do JBC - como se fosse sagrado. O facto de estar na cadeira do poder há n anos não é nada, alguém ser hipótese para o lugar é tudo. E até se vêem insultos.
Mas o APV querer o lugar do JBC? O APV quer é SLB e filmar. Deve ser por isso que simpatizo com ele...
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