ípsilon
Faz capa do ípsilon de hoje o fosso que se cavou entre crítica e público no que a "Babel" (Iñarritu, 2006) diz respeito. Nada contra a ideia - importa perceber o fenómeno -, alguns problemas com a execução.
i) A blogosfera é logo alvo de generalização, como se toda ela tivesse amado o filme. Não é o caso, há vários exemplos que o mostram.
ii) A citação que se faz de Mark Peranson - "Agora que o tribunal internacional em Haia já despachou Milosevic, proponho Iñarritu" - mostra o tom leviano com que o artigo é escrito. Parecem mais importantes as pequenas curiosidades do que ir ao fundo.
iii) Falar em prémios parece-me ser fugir ao essencial. Afinal, o fosso estava criado antes das nomeações aos Oscars. Mesmo a parte em que é colocada a questão da intensidade do fosso, aumentada pelas nomeações, foge ao cerne da questão.
iv) Percebe-se que seria perder tempo ir em busca do verdadeiro público. Porém, darem esse papel a Daniel Oliveira é errado. As suas, a meu ver, infelizes declarações agravam a escolha.
Parece-me que levar o assunto para os prémios, os Oscars em específico, descarrilou a ideia inicial de explicar o fosso entre críticos e público. Mesmo falando nos prémios, é o comentário de Luís Miguel Oliveira que ainda vale a pena ler para compreender um pouco a questão. Parece-me, portanto, um artigo falhado e até algo irresponsável. Não existindo publicações especializadas, custa ver estes casos em que aquilo que ainda nos vale, a nós gente interessada, suplementos de jornal, neste caso o ípsilon, desaproveitarem seis páginas para aparentar uma interessante discussão que afinal quase não discute coisa nenhuma.
i) A blogosfera é logo alvo de generalização, como se toda ela tivesse amado o filme. Não é o caso, há vários exemplos que o mostram.
ii) A citação que se faz de Mark Peranson - "Agora que o tribunal internacional em Haia já despachou Milosevic, proponho Iñarritu" - mostra o tom leviano com que o artigo é escrito. Parecem mais importantes as pequenas curiosidades do que ir ao fundo.
iii) Falar em prémios parece-me ser fugir ao essencial. Afinal, o fosso estava criado antes das nomeações aos Oscars. Mesmo a parte em que é colocada a questão da intensidade do fosso, aumentada pelas nomeações, foge ao cerne da questão.
iv) Percebe-se que seria perder tempo ir em busca do verdadeiro público. Porém, darem esse papel a Daniel Oliveira é errado. As suas, a meu ver, infelizes declarações agravam a escolha.
Parece-me que levar o assunto para os prémios, os Oscars em específico, descarrilou a ideia inicial de explicar o fosso entre críticos e público. Mesmo falando nos prémios, é o comentário de Luís Miguel Oliveira que ainda vale a pena ler para compreender um pouco a questão. Parece-me, portanto, um artigo falhado e até algo irresponsável. Não existindo publicações especializadas, custa ver estes casos em que aquilo que ainda nos vale, a nós gente interessada, suplementos de jornal, neste caso o ípsilon, desaproveitarem seis páginas para aparentar uma interessante discussão que afinal quase não discute coisa nenhuma.
0 Comments:
Post a Comment
<< Home