Wednesday, January 31, 2007

Cair no excesso

Diz Michael Mann acerca de "Battleship Potemkin": "Eisenstein invented not just film form, but a dialectical theory of the construction of cinematic narrative. He laid the theoretical foundation in 1924 and embodied it in cinema's greatest classic. Its influence in British, Weimar and American cinema is extraordinary."

É provável que seja no cinema americano industrial contemporâneo que a sua influência se note mais (na minha opinião, mais que Griffith). No entanto, a influência deixa de o ser quando aquilo que se faz é um corta e cola de planos a um ritmo frenético e onde o espectador não tem tempo de entrar. O caso mais extremo será o de Michael Bay e o seu conjunto de filmes execráveis, bem como de todos os seus seguidores dos filmes-lixo.

O que chateia, porém, é ver filmes com o mínimo de potencial sofrerem deste problema. Ocorreu-me isto a ver o razoável "Blood Diamond", que esta semana se estreou. Uma das coisas que me interessam no filme é, sendo ele saidinho do sistema industrial, a forma como se filmam mortes de forma muito brutal, seca e contínua. O que me chateia, para concluir, é que se se toma essa opção porque não assumi-la a fundo? Isto é, porque não reduzir os planos da primeira sequência de massacre a metade?

0 Comments:

Post a Comment

<< Home